domingo, 8 de maio de 2011

DIA DAS MÃES:" Mães defendem filhos xingados por exercer profissões ingratas"

Elas deram à luz político, árbitro, marronzinho, motoboy e telemarketing.
Filhos levam na esportiva e dizem que ataques 'não são para valer'.

Fotos: G1

A dona de casa Claudicéia Ceretta de Lima, de 55 anos, diz já ter perdido as contas das vezes em que ao assistir a um jogo de futebol no estádio ouviu o torcedor ao seu lado chamar o árbitro com aquela expressão que todo mundo conhece bem. "Acontece muito, às vezes do meu lado. A gente escuta de tudo, mas eu não me manifesto", afirma ela. O problema é que ela não é uma torcedora comum. Ela é mãe do árbitro Guilherme Ceretta de Lima, de 27 anos. Apesar disso, Claudicéia diz não se incomodar com os xingamentos e até se diverte com algumas situações. Ela conta que certa vez a noiva de Ceretta estava junto com ela na arquibancada quando um torcedor usou a expressão "filho da p..." e, em seguida, emendou: 'corno'. "Eu cutuquei a Carolina e disse para ela: 'Agora é com você'. Ela nem reagiu. Ficou constrangida", afirma.

fotos: G1
Já a aflição da dona de casa Maria José Ferreira dos Santos, de 46 anos, começa com os telejornais da manhã, quando ela vê acidentes envolvendo motocicletas. "Às vezes me assusto até quando ele está em casa. Depois me dá um alívio", afirma ela, mãe do motoboy Felipe Santos da Luz, o Tanaka, de 22 anos. Tanaka afirma que nem ouve se alguém xinga a mãe no trânsito. "A gente passa a milhão e nem consegue ver nada", diz ele. Ex-gerente financeira, Maria José lembra que "quando a encomenda chega rapidamente" todo mundo gosta de motoboy.

Profissão ingrata
Joana Rodrigues dos Santos Morais, de 56 anos, adquiriu o cartão de crédito pelo telefone e só não fechou o negócio porque, do outro lado da linha, a atendente de telemarketing Andreza Santos Morais de Moura deu uma sonora gargalhada. Dona até de troféu por causa das vendas que já realizou, Andreza não perdoou nem a própria irmã, Cristiane, convencida pelo telefone a comprar o produto. Cristiane conta que ficou sabendo apenas depois de assinar. "Ela falou: 'Cris, você comprou meu cartão.' Eu falei: 'Jura?'"

O desempenho não fica impune. "Tem gente que xinga. Quanto mais tem dinheiro, mais humilha a gente", afirma. "Já xingaram minha mãe várias vezes, mas levo na esportiva. Nunca chorei porque alguém me xingou na linha." Dona Joana defende a filha. "Acho apenas que elas deviam ser melhor remuneradas e mais bem aceitas pelos clientes", afirma.

Emfim, mãe, é sempre mãe. Não importa cor, raça, profissão, o que importa realmente, é que ser mãe, é um Dom de Deus. Ficando assim, impossível resumir o significado de ser mãe apenas em palavras... Por isso, FELIZ DIA DAS MÃES!  A todas a mães desse planeta Terra!
Meu forte Abraço!
Edy Vieira!

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