Os professores da rede estadual de ensino na Paraíba se reúnem nesta segunda-feira (30) em assembleia geral para definir os rumos da greve, que já dura 28 dias. No mesmo dia em que receberam a notícia de que ganhariam uma bolsa-auxília pelo desempenho profissional, os professores foram surpreendidos com uma redução nos salários devido à paralisação dos trabalhos. O corte de ponto, no entanto, já havia sido comunicado à categoria pelo secretário Estadual de Educação, Afonso Scocuglia.
A assembleia geral desta segunda-feira está marcada para as 8h no ginásio do colégio Lyceu Paraibano, no Centro de João Pessoa. A organização é do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB).
A expectativa é de que, após a reunião, a categoria faça uma passeata pelas ruas do Centro até a Praça João Pessoa, onfde ficam o Palácio da Redenção e a Assembleia Legislativa.
Nas últimas assembleias ocorridas na quarta-feira (25), sete de doze gerências regionais de ensino optaram por finalizar a greve. De acordo com o professor e sindicalista Sizenando Leal Cruz, apesar da tendência em terminar o movimento, a notícia de cortes nos salários "mexeu com o bolso dos professores", o que motivou alguns a permanecerem de braços cruzados.
Em resposta à insatisfação, o secretário de Educação declarou que os descontos foram feitos apenas nos contracheques dos professores que se ausentaram por causa da greve.
O Sintep criticou o decreto publicado na última sexta-feira pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) concedendo a bolsa de R$ 230, afirmando que seria uma tentativa de 'enganar' os trabalhadores.
O Governo do Estado se propõe a pagar um piso salarial inicial de R$ 926 por 30 horas de trabalho, mais a bolsa de produtividade no valor de R$ 230, resultando num salário de R$ 1.156. A Secretaria de Educação defende que o valor está cerca de 30% acima do Piso Salarial Nacional reivindicado pelos docentes paraibanos.
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