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O diário The New York Times destaca que, logo após a matança, os cariocas "buscavam entender" a tragédia, na qual morreram dez meninas e dois meninos, com outros 24 feridos.
"A violência urbana não é estranha ao Brasil, especialmente o tipo de violência nas favelas controladas pelas quadrilhas, que deram a esta cidade as taxas mais altas de homicídio do mundo. Mas pensava-se que o espectro do massacre na escola era principalmente uma aflição americana", escreve o correspondente do jornal no Rio de Janeiro.
Na mesma linha, o diário Christian Science Monitor, de Boston, descreveu "uma nação em choque diante do seu primeiro massacre escolar". Na Espanha, o El País afirma que "os brasileiros só tinham notícia de matanças perpetradas em escolas através das reportagens do exterior". "A tragédia convulsionou a todo o país por inédita", escreve o correspondente do jornal espanhol no Rio.
Ainda na Espanha, o El Mundo dedica uma página inteira à tragédia, sob o título "Dez minutos de disparos e gritos de desespero". "Se é inquietante a frieza com que Wellington cometeu um assassinato após outro na mesma escola onde havia estudado anos atrás, preocupa também o conteúdo religioso da carta que deixou escrita", afirma a reportagem do Mundo.
Na Grã-Bretanha, o jornal The Guardian também destaca trechos da carta deixada por Wellington, que o diário considera cheia de "divagações" e "bastante incoerente".
Columbine ao sul do Equador
Na Argentina, o jornal La Nación prepara um histórico de incidentes semelhantes no mundo. O da escola de Columbine, em Littletone, nos EUA, é um dos mais lembrados da lista. No incidente, dois jovens abriram fogo contra alunos da escola antes de se suicidar em abril de 1999, deixando 13 mortos.
O mais sangrento, segundo o jornal, foi o ocorrido na universidade Virginia Tech, em Blacksburg, também nos EUA, oito anos depois de Columbine. Um estudante de origem sul-coreana matou outros 33 antes de tirar a própria vida.
Na Argentina, o ataque de um jovem de 15 anos contra seus colegas, que deixou três mortos em 2004, teria sido o primeiro deste tipo na América Latina.
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