Nesta terça-feira (23), mais um caso de tráfico de criança mobilizou as autoridades policiais na Capital. A Polícia prendeu a agente de reciclagem Rosângela Bezerra dos Santos, de 32 anos, a estudante Luciana dos Santos, de 27, e a manicure Maria Santa Rosa, suspeitas de negociar um bebê de apenas três meses de idade. As três acusadas estão detidas na 9ª Delegacia Distrital, em Mangabeira.
Uma denúncia anônima levou a Polícia a investigação do caso, que culminou com a prisão das três mulheres. Luciana dos Santos e Maria Santa Rosa foram presas ainda na manhã desta terça, em Mangabeira, bairro onde moram. Rosângela Bezerra, mãe do bebê negociado, foi presa à tarde, enquanto cuidava de outros seis filhos, em sua residência, no bairro Renascer.
Segundo informações da Polícia, Rosângela Bezerra confessou que, sem condições de criar mais um filho, entregou o recém-nascido na saída da maternidade à estudante Luciana dos Santos, para que ela o criasse. Este fato se deu, segundo depoimento da mãe, no dia 13 de agosto.
A estudante Luciana dos Santos, então, quando a criança já contava 15 dias de nascida, decidiu por se livrar do bebê, alegando também falta de estrutura para criá-lo. De acordo com a Polícia, Luciana acabou por trocar o bebê com a manicure Maria Santa Rosa, por um aparelho de televisão estimado no valor de R$ 400.
Passados mais de dois meses, Maria Santa Rosa já planejava, recentemente, vender a criança a dois homens, que chegaram a ir à casa da manicure, e ofereceram R$ 5 mil pelo bebê.
A Polícia descobriu o esquema de negociação da criança e prendeu, primeiro, Luciana dos Santos e Maria Santa Rosa, nesta manhã, em Mangabeira, e, à tarde, depois de ouvir as duas acusadas, chegou até a mãe Rosângela Bezerra.
De acordo com a Polícia, Luciana dos Santos e Maria Santa Rosa responderão pelo crime de tráfico de menor, e a mãe Rosângela Bezerra por abandono de incapaz. As três estão detidas, ainda, na 9ª Delegacia Distrital, em Mangabeira, mas o caso será transferido para a Delegacia de Repressão de Crimes contra a Infância e a Juventude.
O bebê ficará temporariamente, até que se resolva o caso, sob a responsabilidade do Conselho Tutelar. A tendência é que ele seja encaminhado à adoção. O delegado responsável pelo caso é Edilson Araújo, da 9ª DD.
Com Larissa Pereira, da TV Cabo Branco