'A gente acha que os tempos são modernos, mas ainda é como Roma. O pessoal mata e depois aplaude', diz à Folha Antonino Petruso, pai da estudante Mayara Petruso, acusada pela OAB-PE de crime de racismo por mensagens postadas no Twitter.
Dono do Supermercado do Papai, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, onde mora, ele diz não ter um bom relacionamento com Mayara. Tampouco se dão bem, segundo Antonino, a estudante e as três irmãs dela.
A garota é fruto de um relacionamento extraconjugal dele.
Ele afirma que vai repensar se continua com os depósitos bancários mensais na conta da filha. A ajuda financeira, explicou, era voluntária, pois ela já é maior de idade.
"Tenho raiva de quem faz preconceito, seja amarelo, branco, azul, pobre, rico. Se ela realmente escreveu aquilo, vai ter que pagar."
Ele também disse ter estranhado a posição da filha. A garota, segundo Antonino, é "carinhosa" e "adora bichos".
Estudante do sexto período, Mayara não tem ido às aulas. A faculdade onde estuda fica próxima ao apartamento onde mora sozinha, no bairro da Liberdade, no centro de São Paulo.
A Folha esteve na casa apontada por familiares como sendo da mãe dela, em Bragança Paulista. A princípio, um homem atendeu e disse que a mulher poderia ser encontrada no salão de beleza vizinho ao endereço.
Uma funcionária do estabelecimento, contudo, disse que não conhecia nem a mãe, nem a garota.
Depois, voltou atrás e afirmou se tratar "de um caso delicado". Disse que Mayara "vai falar quando tiver de falar".
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