A polícia do Rio Grande do Sul apura a possibilidade de que o homem que ganhou R$ 119 milhões da Mega-Sena em outubro não seja o apostador das dezenas premiadas, mas um "laranja" de um suposto esquema de fraude.
A suspeita foi levantada por um grupo de funcionários da Prefeitura de Fontoura Xavier, que alega que um dos volantes --justamente o que tinha as dezenas sorteadas-- foi desviado do bolão que eles fizeram para concorrer ao prêmio acumulado.
O inquérito que apura a suspeita de apropriação indébita e estelionato foi instaurado há cerca de 40 dias. O delegado Heliomar Franco não fala, porém, sobre o caso, alegando que a investigação corre em sigilo.
Sem provas de que escolheram as dezenas premiadas, eles acusam um colega de trabalho, responsável por fazer as apostas, de desviar o comprovante e repassá-lo a um amigo para não ter de dividir o prêmio com os outros dez participantes do bolão.
"Um rapaz aqui da prefeitura não quis entrar no bolão, cantou os números que a gente marcou num dos cartões, mas depois do sorteio, fomos conferir os números e o cartão não apareceu", diz o operador de máquinas Sebastião Quevedo, 61.
Na versão dele, o responsável por fazer a aposta apareceu com 18 cartões no dia seguinte ao sorteio, e não com os 19 correspondentes à aposta de R$ 110 (55 combinações de seis dezenas).
Quevedo afirma que ele voltou para casa e reapareceu com um novo cartão, mas era de uma aposta feita em setembro. Os integrantes do bolão foram à polícia. "Foi a maior injustiça o que fizeram com a gente", reclama.
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